PORTOBELLO: O COGUMELO


A sua versatilidade culinária é uma atração. Logo de início, quando entramos em contato com o seu formato, vimos que é típico de um cogumelo, daqueles que ilustra os livros de contos de fadas, em que os encontramos rodeado por anõezinhos travessos. Também é apelidado com o nome carinhoso de "casinha de sapo". Sua cor marrom, a pele lisa e aveludada, os aromas e sabores que nos trazem à memória a "terra molhada", quando a chuva cai após um longo período de seca, é um convite permanente para nos aventurarmos nas mais originais experiências culinárias.
O cogumelo Portobello, quando recém-colhido e delicadamente preparado, preenche com facilidade os quatro pontos cardinais que fazem da culinária uma arte sem fronteiras: a cor, a textura, o aroma e o sabor. O Portobello pode ser apreciado in natura, como um carpaccio, com um toque de um azeite de oliva leve, algumas gotas de limão siciliano, pimenta do reino e sal ou grelhado diretamente na grelha de uma churrasqueira, recheado e gratinado com o seu próprio talo, picadinho, recoberto com um molho mornay.
O Portobello, quando ligeiramente grelhado em uma frigideira de fundo espesso, ao lado de um carré de cordeiro, batatas e ervas aromáticas, nos direciona, como num passo de mágica,a os quatro pontos cardinais da culinária. Em uma frigideira pesada e de fundo espesso, simplesmente doure o carré com as batatas pré-cozidas e, ao final do processo, adicione o Portobello em fatias, vire-as rapidamente, adicione alguns ramos de alecrim e louro. Retire a frigideira do fogo,corrija o sal e aprecie com uma taça de um belo Cabernet Sauvignon. Son appétit!

Texto de João Roberto publicado na revista "Revide", Ribeirão Preto SP, ano 26, n. 3531, de 31 de agosto de 2012. Digitado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.

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