MÉTODOS PEDAGÓGICOS USADOS NO BRASIL
O método pedagógico é o caminho que o professor segue para educar os alunos. Todo método é construído sobre teorias da aprendizagem e leva em conta o objetivo do ensino. Ele é importante nos primeiros anos de escolarização, principalmente na alfabetização, quando se espera que o aluno construa um arcabouço psicológico e intelectual que lhe sirva de base para seguir se desenvolvendo. No decorrer da história, formalizaram-se diversas teorias de aprendizagem e, por consequência, variados métodos de ensino. Atualmente, a maioria das escolas não segue um único método, mas, sim, uma mescla de ideias. Veja alguns dos principais métodos pedagógicos em uso no Brasil.
ENSINO TRADICIONAL
Herança das escolas públicas francesas do periodo iluminista, no século XVIII, as escolas que seguem o ensino tradicional costumam ter um currículo com ênfase no conteúdo. O professor está no centro do processo como o grande transmissor de informações. O aluno deve demonstrar que compreendeu o que o professor ensinou, submetendo-se a sistemas de avaliação que aferem a quantidade de informação absorvida. Criticado nas décadas de 1970 e 1980, o ensino tradicional volta a ganhar espaço nas escolas brasileiras no fim dos anos 1990. Diante da avalanche de informações trazida pelos meios audiovisuais, muitos pedagogos passaram a considerar a necessidade de oferecer às crianças e aos jovens uma base sólida de informação que sirva de sustentação para o desenvolvimento do espírito critico.
MÉTODO CONSTRUTIVISTA
Método de aprendizagem baseado na teoria desenvolvida pelo psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). No construtivismo, o aluno está no centro do processo de aprendizagem. Cabe ao docente pôr os alunos diante de situações variadas de modo que eles próprios busquem soluções e construam o conhecimento com base em suas experiências pessoais. O professor deve estimular nos estudantes a curiosidade rumo à descoberta de novos conceitos, respeitando o desenvolvimento e o amadurecimento de cada um.
Seguidora de Piaget, a psicóloga argentina Emília Ferreiro (1936-) analisou o processo de alfabetização construtivista. Emília deslocou a importância do ensinar para a do aprender. Percebeu, por exemplo, que toda criança passa pelos mesmos estágios de aprendizagem, superando suas limitações e familiarizando-se com as normas da língua aos poucos. A alfabetização leva em conta as representações e as interpretações que o próprio estudante dá à escrita.
MÉTODO MONTESSORI
Desenvolvido pela médica italiana Maria Montessori (1870-1952), era destinado originalmente à educação de crianças portadoras de deficiências mentais. Depois, foi estendido a qualquer criança. Pretende estimular o espírito de iniciativa e a responsabilidade da criança sobre o próprio aprendizado. Por intermédio da autoeducação, ela deve alcançar maior domínio sobre seu corpo e sobre o meio em que vive.
Materiais didáticos variados, criados pela própria autora, ativam as percepções sensoriais e motoras do aluno. As tarefas do dia a dia fazem parte do curriculo. As crianças devem cuidar, por exemplo, da limpeza da sala de aula. As classes não são separadas por faixa etária, mas pelo estágio de desenvolvimento motor e emocional dos estudantes. O processo de alfabetização Montessori tem como referência o método fonético, que considera o som das letras.
MÉTODO PAULO FREIRE
Processo de alfabetização de adultos desenvolvido pelo educador pernambucano Paulo Freire (1921-1997). Para Freire, o dominio da leitura e da escrita é uma forma de conscientização, participação e superação de situações de opressão social. O objetivo, então, é fazer com que os adultos aprendam a ler e a escrever de forma, critica e contextualizada, e não mecânica.
O método Paulo Freire está associado ao movimento de educação popular e aos centros de cultura popular que se formam no inicio da década de 1960, principalmente nas regiões mais pobres do país, e tem como base os trabalhos e as discussões em grupo. A fase inicial é o levantamento do universo vocabular - palavras e expressões típicas ligadas ao trabalho de cada integrante e com significado e sentido emocional no contexto do grupo. Desse conjunto são selecionadas palavras geradoras, que, decompostas em seus elementos silábicos, permitem a construção de novas palavras.
MÉTODO WALDORF
Baseado na antroposofia, doutrina criada pelo pesquisador austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), o método pretende obter o desenvolvimento harmonioso do ser humano, íntegrando os aspectos físico, emocional e espiritual. Foi empregado pela primeira vez com filhos dos operários da fábrica Waldorf-Astoria, na Alemanha. Nas escolas que seguem o método, os alunos são agrupados por faixa etária, e não por série, respeitando as diferentes etapas do desenvolvimento biológico durante o processo de aprendizagem. O professor acompanha a mesma turma do início dos estudos até os 14 anos. A alfabetização completa-se na segunda ou terceira série. Valoriza, além das disciplinas convencionais, a formação ética e estética: os estudantes têm aulas de música, trabalhos artesanais e teatro.
Excertos do texto publicado no "Almanaque Abril 2012" Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
ENSINO TRADICIONAL
Escola de Luneville na França c. 1910 |
MÉTODO CONSTRUTIVISTA
Método de aprendizagem baseado na teoria desenvolvida pelo psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). No construtivismo, o aluno está no centro do processo de aprendizagem. Cabe ao docente pôr os alunos diante de situações variadas de modo que eles próprios busquem soluções e construam o conhecimento com base em suas experiências pessoais. O professor deve estimular nos estudantes a curiosidade rumo à descoberta de novos conceitos, respeitando o desenvolvimento e o amadurecimento de cada um.
Seguidora de Piaget, a psicóloga argentina Emília Ferreiro (1936-) analisou o processo de alfabetização construtivista. Emília deslocou a importância do ensinar para a do aprender. Percebeu, por exemplo, que toda criança passa pelos mesmos estágios de aprendizagem, superando suas limitações e familiarizando-se com as normas da língua aos poucos. A alfabetização leva em conta as representações e as interpretações que o próprio estudante dá à escrita.
MÉTODO MONTESSORI
Maria Montessori (1870-1952) |
Materiais didáticos variados, criados pela própria autora, ativam as percepções sensoriais e motoras do aluno. As tarefas do dia a dia fazem parte do curriculo. As crianças devem cuidar, por exemplo, da limpeza da sala de aula. As classes não são separadas por faixa etária, mas pelo estágio de desenvolvimento motor e emocional dos estudantes. O processo de alfabetização Montessori tem como referência o método fonético, que considera o som das letras.
MÉTODO PAULO FREIRE
Paulo Freire (1921-1997) |
O método Paulo Freire está associado ao movimento de educação popular e aos centros de cultura popular que se formam no inicio da década de 1960, principalmente nas regiões mais pobres do país, e tem como base os trabalhos e as discussões em grupo. A fase inicial é o levantamento do universo vocabular - palavras e expressões típicas ligadas ao trabalho de cada integrante e com significado e sentido emocional no contexto do grupo. Desse conjunto são selecionadas palavras geradoras, que, decompostas em seus elementos silábicos, permitem a construção de novas palavras.
MÉTODO WALDORF
Rudolf Steiner (1861-1925) |
Excertos do texto publicado no "Almanaque Abril 2012" Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
0 Response to "MÉTODOS PEDAGÓGICOS USADOS NO BRASIL"
Post a Comment