PASTÉIS DE OSTRA E REQUINTE IMPERIAL
 |
| Pastéis de Ostra |
Servidos em baixelas de prata e pratos de Sèvres, talheres de ouro e guarnições de porcelana chinesa, os poucos privilegiados da Corte Imperial do Rio de Janeiro apreciam suas iguarias. As preferências dessa elite são as variedades da pâtisserie, como as tortas, empadões, empadinhas, pasteizinhos.
Pertencente à única monarquia estável das Américas, uma instituição exótica nessas terras republicanas, a realeza se recusa a olhar para a pobre realidade de escravidão e subdesenvolvimento. Prefere viver como se estivesse em Paris e comer pratos da culinária francesa, à maneira parisiense.
Os banquetes na corte imperial brasileira não eram tão freqüentes como seus membros desejariam, principalmente porque o mais longo ocupante da cadeira régia, d. Pedro II, preferia bailes aos rega-bofes. Quanto ao preparo das iguarias, elas ficavam a cargo de um misterioso “chef”, do qual se conhecem apenas as iniciais, R.C.M – por norma de segurança da época, o cozinheiro do rei não podia ser tornado público. Mas suas receitas foram compiladas e publicadas no livro "O Cozinheiro Imperial" (Ed. Nova Cultural, 1996). O pastelzinho de ostras é um de seus pratos sofisticados.
A RECEITA
Prepare uma massa folhada própria para pastéis assados. Recheie-os assim: faça uma camada de picado (pedaços de ostras bem miudinhos e misturados com anchova desfiada e amassadas com um pouco de miolo de pão embebido em leite, salsa e cebolinha bem picadinhas, pimenta-do-reino, noz-moscada e manteiga). Ponha sobre ela uma ostra inteira, temperada com pimenta-do-reino, previamente passada em salsa e alho. Cubra com mais uma camada de picado e sobre ele um pedacinho de manteiga. Sirva quente.
Texto de Ricardo Maranhão publicado na revista "História Atual" ano I, edição 10 de agosto de 2004. Adaptado e ilustrada para ser postado por Leopoldo Costa
0 Response to "PASTÉIS DE OSTRA E REQUINTE IMPERIAL"
Post a Comment