GHIMIRELLE, IGUARIA DOS IMIGRANTES DA PUGLIA


As ghimirelle trazem a marca da invenção e de uma vida que remonta aos tempos imemoriais da Magna Grécia. Lá na Antiguidade, alguns séculos antes de Cristo, a então aldeia “Polimnia” já abrigava pescadores e pastores de cabritos, porcos e ovelhas.
Situada na Puglia, província que fica no canto da bota da Itália, hoje capitaneada por velhas cidades como Bari e Brindisi, a aldeia viu nascer um prato muito consumido pelos pobres que utilizava como ingredientes partes dos animais que os ricos não aproveitavam, como o fígado do cabrito e a banha em formato de renda que sustenta as vísceras do porco.
A partir de 1895, a imigração maciça de italianos para o Brasil desviou para a rua do Carmo, em São Paulo, um grande contingente de puglieses. Um grupo trouxe de Polignano a imagem do seu padroeiro São Vito, começando a fazer procissões anuais e fundando a Associação, em 1918, com uma festa em que as ghimirelle já faziam sucesso.

A RECEITA
Fígados de cabrito ou pedaços de fígado de boi de cerca de 5 centímetros cada devem ser separados para assar. Um quilo de banha de porco deve ser bem lavada, salgada e posta para congelar por cerca de dois dias. Tira-se do congelador e corta-se em pedaços de cerca de 10 centímetros cada. Pôr as ghimirelle assim preparadas no espeto, alternadas com folhas de louro bem juntas das carnes, e levar à churrasqueira, deixando de 5 a 10 minutos. Servir assim que tirar do fogo.

Texto de Ricardo Maranhão publicado na revista "História Atual" ano I, edição 9 de julho de 2004. Adaptado e ilustrada para ser postado por Leopoldo Costa

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