HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL NA DÉCADA DE 1960

Leopoldo Costa

INTRODUÇÃO

Marcha de apoio ao golpe militar de 1964



Na década de 1960 o Brasil teve os seguintes governantes:
·        Juscelino Kubitschek             31/01/56 a 31/01/61
·        Jânio Quadros                       31/01/61 a 25/08/61
·        Ranieri Mazzilli (interino)       25/08/61 a 07/09/61
·        João Goulart                         07/09/61 a 01/04/64
·        Ranieri Mazzilli (interino)       02/04/64 a 05/04/64
·        Castelo Branco                     05/04/64 a 15/03/67
·        Costa e Silva                        15/03/67 a 31/08/69
·        Junta Militar (interina)           31/08/69 a 30/10/69
·        Garrastazu Médici                 31/10/69 a 15/08/74

No dia 21 de abril de 1960 o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou Brasília, a nova capital federal, cuja construção iniciou-se oficialmente em fevereiro de 1957. O sucessor de Juscelino foi Jânio Quadros, que depois de sete meses de governo renunciou inexplicavelmente, provocando uma crise institucional que culminou com o golpe de estado de 31 de março de 1964 (com o apoio dos Estados Unidos, que temia as ideias progressistas de João Goulart)  implantando no Brasil a ditadura militar que permaneceu até 1985. Os primeiros anos foram  muito interessantes para a indústria e a agropecuária e teve o apoio até dos intelectuais.

No início do governo Castelo Branco, foi criado o primeiro Programa de Ação Econômica que tinha como objetivo debelar a inflação mediante políticas conjunturais e a substituição das importações. Como segundo passo para dar sustentação  a esta política e conseguir o crescimento econômico, o governo investiu e incentivou a indústria de base (siderurgia, energia e petroquimica)  para abastecer a demanda e evitar que o aumento da produção de bens de consumo, incentivado pela política de substituição de importação, provocasse um aumento do deficit de comércio exterior. De março de 1964 até fins de 1967 houve uma recessão, depois com a reorganização do sistema financeiro, a recuperação da capacidade fiscal do estado e maior estabilidade monetária, iniciou-se um período de forte expansão econômica. O PIB (Produto Interno Bruto) chegou a crescer 10% ao ano e a inflação foi contida a níveis razoáveis para a época. Começava o período do ‘Milagre Econômico’, administrado com pulso firme pelo todo poderoso ministro Delfim Neto Como a classe média e os trabalhadores protestassem com o ‘aperto de cinto’ provocado pelas medidas anti-inflacionárias, ele dizia que primeiro o bolo tinha que crescer para depois cada um ter a sua fatia. O estado investiu muito na indústria pesada, siderurgia, petroquímica, construção naval e geração de energia hidrelétrica. O sucesso dessa política econômica logo se tornou evidente: o crescimento da produção de bens duráveis de consumo no Brasil alcançou altas taxas, refletindo positivamente na década seguinte.

No final da década o Brasil tinha uma população estimada de 95 milhões de habitantes e as dez maiores cidades eram:
·        São Paulo                          6,3 milhões de habitantes
·        Rio de Janeiro                   4,5 milhões de habitantes
·        Belo Horizonte                   1,3 milhão de habitantes
·        Recife                                1,2 milhão de habitantes
·        Porto Alegre                      1,0 milhão de habitantes
·        Salvador                            0,97 milhão de habitantes
·        Fortaleza                           0,96 milhão de habitantes
·        Curitiba                              0,71 milhão de habitantes
·        Belém                                0,63 milhão de habitantes
·        Nova Iguaçu (RJ)              0,46  milhão de habitantes

O Brasil tinha matriculado no chamado ‘curso primário’ 12,8 milhões de alunos, 3,7 milhões no ‘curso médio’ e 335 mil no curso superior. O país tinha 808 bibliotecas públicas.

Na área de saúde o país contava com 3.235 hospitais com 290.000 leitos e 35.500 médicos.

Em 1969 existiam 1,8 milhão de telefones instalados, sendo 39% no município do Rio de Janeiro (na época estado da Guanabara) e 24% no estado de São Paulo. 

Eram editados 1.918 jornais e revistas  sendo 60% no Rio de Janeiro e São Paulo.

Em 1960 o Brasil exportou 1,3 milhão de dólares e os produtos de maior exportação foram:
·        Café em grão                              56% do total
·        Cacau                                           8% do total
·        Açúcar                                          7% do total
·        Minério de ferro                            7% do total
·        Algodão                                         6% do total

Em 1969 as exportações brasileiras foram de 2,2 bilhões de dolares, sendo os seguintes os dez maiores itens que respondiam por mais de 70% do total:
·        Café em grão                              35% do total
·        Algodão em rama                         9% do total
·        Minério de ferro                            7% do total
·        Cacau                                           5% do total
·        Madeira de pinho                          3% do total
·        Óleo de mamona                          2% do total
·        Carne bovina congelada               2% do total
As exportações de produtos industrializados  em 1969 foram de 283 milhões de dólares, destacando-se os produtos alimentícios, maquinários, veículos, café industrializado e produtos químicos.

As importações brasileiras em 1960 totalizaram 1,5 milhão de dólares, principalmente máquinas (22%), combustíveis e lubrificantes (19%), veículos e acessórios (13%) e trigo (10%). Os maiores fornecedores foram Estados Unidos (32%), Alemanha Ocidental (9%),Venezuela (6%) e França (5%).


Em 1968, as importações brasileiras totalizaram 2,1 milhões de dólares, sendo praticamente um terço de máquinas e veículos e 20% de matérias primas

Em meados de 1969 o capital estrangeiro investido no Brasil totalizava 1,1 bilhão de dólares, sendo os cinco maiores países investidores:
·        Estados Unidos                           422 milhões de dólares (38%)
·        Canadá                                       152 milhões de dólares (14%)
·        Alemanha Ocidental                    125 milhões de dólares (11%)
·        Suíça                                            86 milhões de dólares ( 8%)
·        Reino Unido                                  63 milhões de dólares ( 5%)
Os ramos de atividade de maior investimento estrangeiro eram:
·        Indústria automobilística             162 milhões de dólares
·        Indústria química                        121 milhões de dólares
·        Energia elétrica                           101 milhões de dólares
·        Eletrodomésticos                          85 milhões de dólares
·        Indústria metalúrgica                    51 milhões de dólares
·        Outros ramos de atividade         580 milhões de dólares


Devido à instabilidade política e econômica da década anterior, os investimentos estrangeiros reduziram durante os anos 60. O relatório do Banco do Brasil de 1951 registrava naquele ano o investimento total de 1,5 bilhão de dólares.

AGRICULTURA

No final da década, em 1969, a produção agrícola brasileira foi 6% maior do que a de 1968, que por sua vez foi 2% acima da obtida em 1967.

Com 48% da produção mundial, o Brasil continuava como maior produtor de café, como também de banana (40% do total mundial), de mandioca (30% do total). Ocupava o segundo lugar na produção de cítricos (laranja e tangerina), abacaxi e cana de açúcar.  O terceiro lugar na produção de milho, cacau e soja. O quarto lugar na produção de fibra de juta e o quinto lugar na produção de fumo, algodão e amendoim. A produção brasileira de arroz, cacau, mandioca, feijão, fibra de juta e borracha natural era maior do que a soma da produção de todos os outros países da América. Era o único produtor mundial de guaraná, cera de carnaúba e castanhas de babaçu.

O café, sendo o item mais importante da pauta de exportação, respondia pela metade da receita cambial, embora as exportações, pela queda de preço, tivessem sido 8% menor do que o que ocorreu em 1957. As  exportações totalizaram na década uma média de 18 milhões de sacas por ano e o consumo interno absorvia  cerca de 8,5 milhões de sacas. Existiam 2,3 bilhões de pés de cafés que produziram 2,5 milhões de toneladas de café sem beneficiar e a lavoura empregava 5,5 milhões de pessoas.

Em 1969 foi exportado o equivalente a US$ 780 milhões e os cinco maiores importadores do café brasileiro, que representavam 60% do total, foram:
·        Estados Unidos            33% do total exportado
·        Itália                              12% do total exportado
·        Suécia                            6% do total exportado
·        França                            5% do total exportado
·        Alemanha Ocidental       4% do total exportado

O algodão ocupava o segundo lugar nas exportações brasileiras e o porto de Santos, que carregou em 1969 cerca de 363 mil toneladas, foi o maior porto exportador de algodão do mundo. No ano foram colhidas 2,1 milhões de toneladas de algodão em caroço. Em 1960 a produção tinha sido de 1,1 milhão de toneladas, havendo um  incremento de 91%.

O declínio na produção dos países africanos, fortes concorrentes do Brasil, colaborou para a valorização do cacau. O preço que era de US$ 300 por tonelada em 1965, alcançou US$ 900 por tonelada em 1969. As exportações do ano totalizaram 85 milhões de dólares. O Brasil produziu  em 1960 cerca de 160 mil toneladas e 170 mil toneladas em 1969. Um incremento de 6%.

Em 1969 as culturas de milho e arroz representavam 40% da área cultivada do Brasil. Foram produzidas 12,8 milhões de toneladas de milho e 6,4 milhões de toneladas de arroz. Menos de 5% desta produção foi exportada. Em 1960 a produção tinha sido de  7,7 milhões de toneladas de milho e 4,4 milhões de toneladas. Um incremento de 66% na produção de milho e de 45% na produção de arroz. A produção de milho, enfim, superou o crescimento populacional.

Variação da produção de outras culturas:

(em mil toneladas)
1960
1969
Variação
Amendoim
485
751
55%
Banana
4.798
5.165
8%
Batata
1.100
2,226
102%
Feijão
1.735
2.554
47%
Mandioca
16.060
27.268
70%
Trigo
902
629
(-30%)
Soja
260
716
176%

PECUÁRIA E AVICULTURA

Em 1960 o rebanho brasileiro era de:
·        73,5 milhões de cabeças de bovinos
·        47,9 milhões de cabeças de suínos
·        18,2 milhões de cabeças de ovinos
·        11,2 milhões de cabeças de caprinos
·          8,3 milhões de cabeças de eqüinos
·          6,3 milhões de cabeças de muares e asininos
Também existiam:
·        175 milhões de frangos, galos e galinhas
·             3 milhões de perus
·             6 milhões de patos, gansos e marrecos

Em 1968 o rebanho brasileiro era de:
·        92,3 milhões de cabeças de bovinos (+ 26%)
·        65,6 milhões de cabeças de suínos (+ 37%)
·        24,6 milhões de cabeças de ovinos (+ 35%)
·        14,7 milhões de cabeças de caprinos (+ 31%)
·          9,2 milhões de cabeças de eqüinos (+ 11%)
·          7,9 milhões de cabeças de muares e asininos (+ 25%)

Também existiam:
·        272 milhões de frangos, galos e galinhas (+ 55%)
·             4 milhões de perus (+ 33%)
·             8 milhões de patos, gansos e marrecos (+ 33%)

Em 1968 o Brasil possuía o maior rebanho mundial de equinos, o segundo maior rebanho de suínos (só superado pela China), o quarto maior rebanho de bovinos e o quinto maior de caprinos.
Entre 1960 e 1968 houve um crescimento populacional de 44% (passou de 66 milhões para 95 milhões de habitantes), portanto apenas a quantidade de frangos superou esta taxa, indicando que havia menos disponibilidade de todas as outras carnes do que no início da década.

Em 1968 a produção de carnes foi de 56,5 milhões de toneladas assim distribuída:

·        10,6 milhões de toneladas de carne suína
·          8,7 milhões de toneladas de carne bovina
·          2,2 milhões de toneladas de carne ovina
·          1,9 milhão de toneladas de carne caprina
·        33,1 milhões de toneladas de carne de aves

De carnes industrializadas de bovinos foram produzidas:
·        21 mil toneladas de carne enlatada
·         63 mil toneladas de charque
·        18 mil toneladas de outros tipos
De carnes industrializadas de suínos foram produzidas:
·        11 mil toneladas de presuntos
·        15 mil toneladas de carne salgada
·          8 mil toneladas de outros tipos
De salsicharia foram produzidas:
·          8 mil toneladas de salsichas enlatadas
·        84 toneladas de salsichas frescas ou congeladas

A produção de leite cru evoluiu bastante, sendo o Brasil o maior produtor de leite da América Latina:
·        5,4 milhões de m³ em 1963
·        6,1 milhões de m³ em 1964
·        6,6 milhões de m³ em 1965
·        6,7 milhões de m³ em 1966
·        6,8 milhões de m³ em 1967
·        6,9 milhões de m³ em 1968

 A produção de lã bruta ficou na década estável em torno de 30 mil toneladas, estando a produção concentrada no estado do Rio Grande do Sul.Em 1963 a produção foi de  26 mil toneladas, 28 mil toneladas em 1964, 33 mil toneladas em 1966 e  28 mil toneladas em 1969.

A produção de ovos de galinha foi de 767 milhões de dúzias em 1969, que compara com 608 milhões de dúzias em 1963. Um incremento de 26% em seis anos.

INDÚSTRIA

Mais de 50% das indústrias da América do Sul estavam concentradas no Brasil e cerca de 85% da matéria prima usada era de procedência nacional. Havia 220.000 fábricas de todos os tamanhos.

Em 1962, foi criada a Eletrobrás e com ela a estatização da infra estrutura energética.  No ano da sua criação o Brasil tinha 4.800.000 kW instalados e em 1969 já tinha 10.500.000 kW. Estava em construção dentre outras, a Usina de Ilha Solteira.

A indústria siderúrgica em 1969 produziu 16,6 milhões de toneladas de produtos, sendo 30% de aço em lingotes e 22% de gusa. As três maiores usinas siderúrgicas da América Latina eram brasileiras: A CSN de Volta Redonda (RJ) que fabricava cerca de 1,5 milhão de toneladas de aço em lingotes, 30% do total nacional; a Usiminas de Ipatinga (MG) que foi parcialmente inaugurada em 1962 e COSIPA, em Cubatão (SP), também parcialmente inaugurada em 1963.

Em 1960 existiam no Brasil 14 fábricas de veículos automotores que produziram  140 mil unidades.
Em 1969 eram dez fábricas:
·        FNM
·        Mercedes-Benz
·        Scania-Vabis
·        Magirus-Deutz
·        General Motors
·        Ford
·        Willys-Overland
·        Dodge
·        Volkswagen
·        Toyota

Foram produzidos 352.192 veículos, sendo:
·        Caminhões pesados e ônibus              4.453 unidades
·        Caminhões médios                             41.333 unidades
·        Caminhonetes e utilitários                  69.513 unidades
·        Automóveis                                        236.893 unidades

O caminhão mais vendido foi o Chevrolet C-60/D-60 (12.062 unidades, a caminhonete/utilitário mais vendido foi a Kombi (28.745 unidades) e o automóvel mais vendido foi o Fusca 1300 (126.319 unidades). A venda do Fusca, a paixão nacional, foi maior do que a soma de todos os outros automóveis, o segundo colocado em vendas foi o Ford Corcel com 43.924 unidades.

Existiam 12 fábricas de tratores agrícolas que em 1969, produziram 9.537 unidades. Em 1963 a produção tinha sido de 8.169 unidades.

Em 1968, a indústria naval entregou 42 navios, estando mais de uma centena em construção. A instalação da indústria de construção naval no Brasil começou em 1960.

A Embraer era a maior e mais importante indústria aeronáutica, que produzia o maior avião nacional o Bandeirantes (sete a nove passageiros). Outros seis tipos de aviões também eram produzidos por outras fábricas: Uirapuru, Universal, Nacional W 151, Neiva-Paulistinha, Neiva Regente e Elo L 42

A indústria mecânica sofria forte concorrência dos similares importados além da limitação do mercado interno. O item de maior produção em 1969 foi máquinas de costura com 455 mil unidades.

A produção de eletrodomésticos atendia bem a demanda interna. Foram produzidos 4,5 milhões de aparelhos. O item de maior produção foi o rádio transistorizado (25% do total), seguido pelos televisores (17% do total).

As 33 fábricas de cimento em 1969 tinham a capacidade de produzir 8 milhões de toneladas e foi produzido 7,1 milhões de toneladas. O Brasil chegou a importar cimento para atender a demanda. Os principais fornecedores eram União Soviética, México, Uruguai e Colômbia. Em 1963 a produção tinha sido de 4.9 milhões de toneladas.

O Brasil era em 1969 uns dos dez maiores consumidores de borracha do mundo com a qual eram fabricados cerca de 40 mil artigos. A produção total brasileira foi de 104 mil toneladas, incluindo a borracha sintética. Foram fabricados dez milhões de pneus (incluindo de motocicletas e bicicletas) e sete milhões de câmaras-de-ar.

Foram produzidas 857 mil toneladas de papel em 1969, colocando o Brasil na quinta posição do ranking mundial. A produção de celulose foi de 750 mil toneladas. O Brasil ainda importava papel e celulose para suprir a demanda interna. Em 1963 a produção tinha sido de 594 mil toneladas de papel e 33 mil toneladas de celulose, um crescimento de 44% no papel e quase 23 vezes na celulose.

A primeira indústria de vidro começou a funcionar no Brasil em 1945. Em 1969 a produção interna não atendia a demanda, sendo suprida pela importação. Foram produzidos 11,5 milhões de m³ de vidros planos e foram exportados 8 mil toneladas de ampolas e bulbos para medicamentos para os países vizinhos.

Em 1969 existiam dez fábricas de soda caustica, sendo a maioria no estado de São Paulo. Elas também produziam cloro. A produção total foi de 125 mil toneladas de soda e 110 mil toneladas de cloro.

O Brasil era o terceiro maior produtor mundial de açúcar, superado apenas pela União Soviética (de beterraba) e Cuba. Em 1969 foram produzidas perto de 70 mil toneladas. De álcool foram produzidos 475 milhões de litros. Em 1963 a produção tinha sido de 3,5 mil toneladas de açúcar.

Em 1969 foi produzido 1,6 milhão de toneladas de sal, três terços foram produzidos no Rio Grande do Norte.

De conservas de pescados foram produzidas em 1969 o seguinte:
·        Peixes enlatados                                  22 mil toneladas
·        Crustáceos e moluscos enlatados       1 mil tonelada
·        Pescados em salmoura                       1 mil tonelada
·        Pescados salgados e secos                44 mil toneladas

A indústria de óleos e gorduras vegetais produziu 378 mil toneladas de óleos comestíveis em 1968 com os seguintes detalhes:
·        Óleo de caroço de algodão                  137 mil toneladas
·        Óleo e gordura de coco                         83 mil toneladas
·        Óleo de soja                                           76 mil toneladas
·        Óleo de amendoim                                 69 mil toneladas
·        Óleo de milho                                           7 mil toneladas
·        Óleo de arroz                                           3 mil toneladas
·        Óleo de girassol                                       2 mil toneladas
·        Outros óleos                                             1 mil tonelada
Além dos comestíveis foram produzidas:
·        Óleo de mamona                                 145 mil toneladas
·        Manteiga de cacau                                 20 mil toneladas
·        Óleos secativos (linhaça, oiticica etc.)   34 mil toneladas
·        Óleos essenciais                                      4 mil toneladas
·        Outros óleos industriais                           4 mil toneladas

Em 1960, foram extraídas das minas as seguintes quantidades dos mais representativos minérios:
·        Ferro                                  5..256 mil toneladas
·        Manganês                             969 mil toneladas
·        Bauxita                                    97 mil toneladas
·        Mármore                                  58 mil toneladas
·        Chumbo                                   45 mil toneladas

Em 1968, foram as seguintes quantidades foram extraídas:
·        Ferro                                  25.123 mil toneladas
·        Manganês                           2.096 mil toneladas
·        Apatita                                    583 mil toneladas
·        Dolomita                                 353 mil toneladas
·        Chumbo                                   321 mil toneladas


O Brasil ocupava o oitavo lugar no ranking de produção de minério de ferro e possuía uma quarta parte das reservas mundiais conhecidas do minério.
A produção de minério de ferro em nove anos teve um aumento de 377%, a de manganês de 116% e a de chumbo de 613%.

Em 1960 a extração de petróleo em território brasileiro foi de 29 milhões de barris.
Em 1968 foram extraídos 60 milhões de barris de petróleo (acréscimo de 106%) e a importação completou a demanda do mercado brasileiro.
Foram consumidos 25,8 milhões de m³ de derivados de petróleo no Brasil:
·        Gasolina automotiva         8, 2 milhões de m³
·        Óleo combustível              7,7 milhões de m³
·        Óleo diesel                        5,5 milhões de m³
·        Gás liquefeito                    1,9 milhões de m³
·        Lubrificantes e asfalto       1,1 milhão de m³
·        Combustível de aviação    0,7 milhão de m³
·        Querosene                        0,7 milhão de m³

A indústria petroquímica foi implantada no Brasil em 1969. Foram instaladas a Petroquímica União e a Petroquisa (subsidiária da Petrobrás.

De fertilizantes, a Fafer de Cubatão (SP), que desde 1960 tinha sido incorporada pela Petrobrás, única indústria na época, produziu em 1969 cerca de 50 mil toneladas de ácido nítrico, nitro cálcio, nitrato de amônia e amoníaco liquefeito. Em 1960 tinha sido produzido 69 mil toneladas. Um decréscimo de 28%.

(Fontes dos dados: IBGE, FAO, USDA, Almanaque Abril e anotações do autor)

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