QUEIJOS DA GRÃ BRETANHA
Leopoldo Costa
A exportação de queijos chegou a ser proibida pelo rei da Inglaterra Jaime VI em 1573.
Em 1841, para homenagear a rainha Vitória (1819-1901) o leite de 737 vacas foi empregado para a fabricação de um queijo com diâmetro de 2,75 metros. Foi o maior queijo produzido até a data.
Recentemente, usando um medidor de aroma, Len Fisher, professor do Departamento de Física da Universidade de Bristol, comprovou um fato interessante: quando o aroma de queijo atingir determinado nível satura-se e aumentar a quantidade de queijo não provoca nenhum efeito.
Existem afamados queijos oriundos da Grã Bretanha. Uma das variedades mais populares é o Cheddar, que ganhou o nome da cidade de Cheddar (Somerset), próxima de Bristol. Tradicionalmente deve ser produzido num raio de 48 km em torno da catedral de Wells. O queijo é conhecido desde o século XII e a sua principal característica é o sabor que lembra avelãs. É maturado entre 3 e 60 meses nas cavernas de Wookey e Cheddar Gorge. Um documento do rei Henrique II (1133-1189) datado de 1170 registra a compra para a Corte e as tropas de 4.730 kg de queijo de Cheddar ao preço de duas libras e pouco por tonelada. O rei Carlos I (1600-1649) também comprava queijo da cidade.
O Cheddar é o queijo usado na ração dos militares britânicos há muito tempo. Alguns historiadores acreditam que os Romanos levaram a receita do queijo para a região de Cantal na França onde foi usada para produzir do queijo denominado Cantal. Foi criado em meados do século XIX um centro para modernização e padronização do queijo tendo Joseph Harding (1805-1876) como o responsável.
A contribuição de Harding para a indústria de queijos foi muito além da padronização do Cheddar. A ele se deve o aperfeiçoamento do processo industrial para a fabricação de todos os queijos, introduzindo normas rígidas de higiene e padronização do processo. Criou também um equipamento para cortar a massa, que economizou mão de obra e que proporcionava completa dessoragem. O Cheddar é fabricado nos Estados Unidos, sendo o segundo queijo mais vendido só superado pelo queijo Mussarela.
O queijo Cheshire é um antigo queijo derivado do Cheddar produzido no condado que lhe deu o nome e nos condados vizinhos de Shropshire e Staffordshire na Inglaterra e Denbighshire e Flintshire no País de Gales. Ganhou fama durante o reinado da rainha Elizabeth I (reinou de 1558 a 1603) passando a ser adquirido pela Marinha Britânica e nos anos seguintes, tornou-se conhecido em toda a Europa .
É mencionado por Tomas Muffet (1553-1604) no seu livro “Health’s Improvement” datado de 1580. Em 1870 a produção era estimada em 12.000 toneladas por ano. É um queijo quebradiço de massa prensada crua e sabor picante característico, devido à qualidade do leite empregado. Existem três tipos: o White, o Red e o Blue. O White é o básico, o Blue o mais usado na culinária britânica é inoculado com Penicillium glaucum e o Red, que de fato é laranja escura é colorido com suco de cenoura ou urucum. Tem a forma cilíndrica e as peças pesam de 23 a 46 quilos.
O Stilton é um queijo meio mole, quebradiço com veios azuis e maturado no mínimo 9 semanas. Manufaturado desde o século XVI é originário dos condados de Leicester e Rutland. Acredita-se que o descobridor do Stilton foi Cooper Tornou, dono de uma estalagem próxima à cidade de Stilton, no condado de Cambridge. Em 1730 ele conheceu o queijo de veios azuis quando visitava uma fazenda próxima a Melton Mowbray no condado de Leicester. Impressionado com o sabor e a qualidade do queijo, fez um acordo com o dono da fazenda para ter a exclusividade sobre o produto que foi distribuído pelo país.
É creditada a Frances Pawlet um habilidoso queijeiro de Wymondham as melhorias na qualidade e na aparência do queijo Stilton. A primeira menção do queijo na literatura foi feita por William Stukeley (1687-1765) no “Itinerarium Curiosum” carta V, datada de outubro de 1722. Depois em 1724, Daniel Defoe (1659-1731) no livro “A Tour Thro’ the Whole Island of Great Britain” também mencionou o queijo.
O Gloucester é um tradicional queijo de leite cru de vaca, semiduro e produzido no condado de Gloucester, na Inglaterra desde o século XVI. Existem dois tipos de queijo Gloucester: Single (produzido apenas com leite de vacas da raça Gloucester, quase extinta dentro do condado) e Double (com leite produzido em outros condados).
O Caboc é o queijo mais antigo da Escócia. A sua peculiaridade é as peças serem envolvidas com farelo de aveia. É um queijo duro e branco produzido com leite de vaca. Sua produção começou no século XV nas Terras Altas e foi iniciada por Mariota de Ile, filha do chefe do clã MacDonald. Quando tinha 12 anos um rapaz do clã Campbell, seu vizinho, ameaçou raptá-la para casar com o objetivo de aumentar as suas terras. A família para evitar a concretização da ameaça decidiu enviá-la para a casa de parentes na Irlanda. Estes parentes eram queijeiros e ela aprendeu a fazer queijo. Anos depois, quando retornou à Escócia passou a fabricar o queijo e ensinou a receita para seu filho e como um segredo a receita foi transmitida de geração em geração. Diz a lenda que a cobertura de farelo de aveia aconteceu por acidente. O fazendeiro guardou os queijos produzidos no dia na vasilha que era também usada para transportar farelo de aveia para alimentar o gado.
O Caerphilly é um queijo branco e duro de leite de vaca produzido nos arredores de Caerphilly no País de Gales, como também na fronteira do País de Gales com a Inglaterra. Apresenta um sabor suave com toque ácido. O queijo foi desenvolvido para servir de base na dieta dos mineiros de carvão com o objetivo de repor os sais minerais destes homens que trabalhavam 10 horas por dia numa estafante atividade. Durante a Segunda Guerra Mundial a sua produção foi interrompida por que as fábricas tiveram que direcionar todo o leite recebido para a produção do queijo Cheddar para serem enviadas as tropas aliadas. Com o término da guerra as fábricas voltaram a produzir. A cidade de Caerphilly realiza um festival anual de três dias para celebrar o queijo conhecido em gaélico como 'Y Cows Mawr': o grande queijo.
A exportação de queijos chegou a ser proibida pelo rei da Inglaterra Jaime VI em 1573.
Em 1841, para homenagear a rainha Vitória (1819-1901) o leite de 737 vacas foi empregado para a fabricação de um queijo com diâmetro de 2,75 metros. Foi o maior queijo produzido até a data.
Recentemente, usando um medidor de aroma, Len Fisher, professor do Departamento de Física da Universidade de Bristol, comprovou um fato interessante: quando o aroma de queijo atingir determinado nível satura-se e aumentar a quantidade de queijo não provoca nenhum efeito.
Existem afamados queijos oriundos da Grã Bretanha. Uma das variedades mais populares é o Cheddar, que ganhou o nome da cidade de Cheddar (Somerset), próxima de Bristol. Tradicionalmente deve ser produzido num raio de 48 km em torno da catedral de Wells. O queijo é conhecido desde o século XII e a sua principal característica é o sabor que lembra avelãs. É maturado entre 3 e 60 meses nas cavernas de Wookey e Cheddar Gorge. Um documento do rei Henrique II (1133-1189) datado de 1170 registra a compra para a Corte e as tropas de 4.730 kg de queijo de Cheddar ao preço de duas libras e pouco por tonelada. O rei Carlos I (1600-1649) também comprava queijo da cidade.
O Cheddar é o queijo usado na ração dos militares britânicos há muito tempo. Alguns historiadores acreditam que os Romanos levaram a receita do queijo para a região de Cantal na França onde foi usada para produzir do queijo denominado Cantal. Foi criado em meados do século XIX um centro para modernização e padronização do queijo tendo Joseph Harding (1805-1876) como o responsável.
A contribuição de Harding para a indústria de queijos foi muito além da padronização do Cheddar. A ele se deve o aperfeiçoamento do processo industrial para a fabricação de todos os queijos, introduzindo normas rígidas de higiene e padronização do processo. Criou também um equipamento para cortar a massa, que economizou mão de obra e que proporcionava completa dessoragem. O Cheddar é fabricado nos Estados Unidos, sendo o segundo queijo mais vendido só superado pelo queijo Mussarela.
O queijo Cheshire é um antigo queijo derivado do Cheddar produzido no condado que lhe deu o nome e nos condados vizinhos de Shropshire e Staffordshire na Inglaterra e Denbighshire e Flintshire no País de Gales. Ganhou fama durante o reinado da rainha Elizabeth I (reinou de 1558 a 1603) passando a ser adquirido pela Marinha Britânica e nos anos seguintes, tornou-se conhecido em toda a Europa .
É mencionado por Tomas Muffet (1553-1604) no seu livro “Health’s Improvement” datado de 1580. Em 1870 a produção era estimada em 12.000 toneladas por ano. É um queijo quebradiço de massa prensada crua e sabor picante característico, devido à qualidade do leite empregado. Existem três tipos: o White, o Red e o Blue. O White é o básico, o Blue o mais usado na culinária britânica é inoculado com Penicillium glaucum e o Red, que de fato é laranja escura é colorido com suco de cenoura ou urucum. Tem a forma cilíndrica e as peças pesam de 23 a 46 quilos.
O Stilton é um queijo meio mole, quebradiço com veios azuis e maturado no mínimo 9 semanas. Manufaturado desde o século XVI é originário dos condados de Leicester e Rutland. Acredita-se que o descobridor do Stilton foi Cooper Tornou, dono de uma estalagem próxima à cidade de Stilton, no condado de Cambridge. Em 1730 ele conheceu o queijo de veios azuis quando visitava uma fazenda próxima a Melton Mowbray no condado de Leicester. Impressionado com o sabor e a qualidade do queijo, fez um acordo com o dono da fazenda para ter a exclusividade sobre o produto que foi distribuído pelo país.
É creditada a Frances Pawlet um habilidoso queijeiro de Wymondham as melhorias na qualidade e na aparência do queijo Stilton. A primeira menção do queijo na literatura foi feita por William Stukeley (1687-1765) no “Itinerarium Curiosum” carta V, datada de outubro de 1722. Depois em 1724, Daniel Defoe (1659-1731) no livro “A Tour Thro’ the Whole Island of Great Britain” também mencionou o queijo.
O Gloucester é um tradicional queijo de leite cru de vaca, semiduro e produzido no condado de Gloucester, na Inglaterra desde o século XVI. Existem dois tipos de queijo Gloucester: Single (produzido apenas com leite de vacas da raça Gloucester, quase extinta dentro do condado) e Double (com leite produzido em outros condados).
O Caboc é o queijo mais antigo da Escócia. A sua peculiaridade é as peças serem envolvidas com farelo de aveia. É um queijo duro e branco produzido com leite de vaca. Sua produção começou no século XV nas Terras Altas e foi iniciada por Mariota de Ile, filha do chefe do clã MacDonald. Quando tinha 12 anos um rapaz do clã Campbell, seu vizinho, ameaçou raptá-la para casar com o objetivo de aumentar as suas terras. A família para evitar a concretização da ameaça decidiu enviá-la para a casa de parentes na Irlanda. Estes parentes eram queijeiros e ela aprendeu a fazer queijo. Anos depois, quando retornou à Escócia passou a fabricar o queijo e ensinou a receita para seu filho e como um segredo a receita foi transmitida de geração em geração. Diz a lenda que a cobertura de farelo de aveia aconteceu por acidente. O fazendeiro guardou os queijos produzidos no dia na vasilha que era também usada para transportar farelo de aveia para alimentar o gado.
O Caerphilly é um queijo branco e duro de leite de vaca produzido nos arredores de Caerphilly no País de Gales, como também na fronteira do País de Gales com a Inglaterra. Apresenta um sabor suave com toque ácido. O queijo foi desenvolvido para servir de base na dieta dos mineiros de carvão com o objetivo de repor os sais minerais destes homens que trabalhavam 10 horas por dia numa estafante atividade. Durante a Segunda Guerra Mundial a sua produção foi interrompida por que as fábricas tiveram que direcionar todo o leite recebido para a produção do queijo Cheddar para serem enviadas as tropas aliadas. Com o término da guerra as fábricas voltaram a produzir. A cidade de Caerphilly realiza um festival anual de três dias para celebrar o queijo conhecido em gaélico como 'Y Cows Mawr': o grande queijo.
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