ARGENTINA EXPORTA MENOR VOLUME DE CARNE DESDE 2001
As exportações argentinas de carne bovina do ano passado recuaram para o menor patamar em 11 anos. As vendas externas somaram 212 mil toneladas, no valor de US$ 1,28 bilhão.
A seca forçou os pecuaristas a abater mais fêmeas. Esse abate, além de uma redução momentânea do rebanho, vai continuar inibindo o crescimento do mesmo nos próximos anos.
Além disso, os custos e os preços praticados na pecuária têm grande desvantagem em relação à agricultura. Esta é mais remuneradora.
Dados da Senasa, órgão do governo, indicam que os argentinos tiveram receitas de US$ 612 milhões no ano passado com as vendas externas de carne fresca, 53% menos do que em 2009. As vendas de leite subiram para US$ 885 milhões, superando em 102% as de 2009.
Um dos pontos positivos para o país é que o preço médio da carne continua elevado, o que tem garantido um patamar razoável de receitas.
Em 2005, os argentinos receberam US$ 4.550, em média, por tonelada de carne fresca. No ano passado, essa média estava em US$ 10.720.
O Brasil importou 9.196 toneladas de carne bovina da Argentina em 2012, no valor de US$ 96 milhões. Os gastos brasileiros com carne congelada foram de US$ 59 milhões. Os com carne fresca ficaram em US$ 34 milhões.
Texto de Mauro Zafalon publicado na coluna "Vaivém das Commodities" na "Folha de S. Paulo" de 29 de janeiro de 2013. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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