O REI DO COCO DO RIO DE JANEIRO


‘Bate na casca, se fizer um toc, pode abrir que está um mel’

Emir Fayad vende água de coco no Aterro do Flamengo há 18 anos e domina como ninguém a arte de decifrar o que vai sob a casca de cada fruto. “Ele tem de ser redondo”, afirma. “Quanto mais redondo, mais água tem”, diz, com a moral de quem chega a vender 800 cocos por dia, no verão. Para ver se a água está doce, aí é uma questão de som. “Tem que bater na casca.
Se fizer um toc!, um barulho maior, pode abrir porque vai estar um mel”. Emir ficou aliviado com a proibição de cortar o coco com facão. “Fazia sujeira e dava o maior trabalho para tirar a ‘carne’”. Ex-dono de loja de quibe em Copacabana, ele diz ter sido mal interpretado quando apareceu na revista "Piauí" dizendo “cliente folgado ganha coco ruim”. “Não falei desse jeito. Até hoje brincam comigo por causa disso.

Texto e ilustração da coluna "Gente Boa" de Joaquim Ferreira dos Santos publicado no jornal "O Globo" de 26 de agosto de 2012 com o título de "Ele fala com o Coco". Adaptado para ser postado por Leopoldo Costa.

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