EMPADÃO É "CLÁSSICO" DA CULINÁRIA GOIANA
Ao lado da tradicional pamonha, salgado cujo recheio vai de tudo um pouco é um dos principais pratos do Estado.
Arroz com pequi, fruto amarelo que deve ser saboreado com cuidado,também é um destaque entre as iguarias locais.
Não se deixe enganar: o mais tradicional entre os tradicionais quitutes de Goiás não é assim tão grande,mas pode, tranquilamente, sossegar a fome num lanche rápido ou até mesmo bater forte como refeição principal. Antigamente, era chamado de empada goiana. Foi alçado a empadão nos anos 1980, como estratégia para fortalecer as tradições do Estado.
Não seria exagero afirmar que o empadão, ao lado da tradicionalíssima pamonha, é um dos principais pratos regionais de Goiás. Nessa empada “turbinada”, a massa é feita de farinha de trigo. No recheio, vai de tudo um pouco—e um bocadinho mais.
Frango desfiado, linguiça, lombo ou pernil de porco temperado e frito, cortado em cubos.Ovos cozidos, queijo de minas, azeitonas e guariroba (palmeira nativa do Brasil e do Paraguai). A torta é assada em uma cumbuca e servida individualmente. Pronto, está aí o empadão autêntico de Goiás. Tem gente que come com arroz. Outros o preferem na companhia de uma salada.
ESPINHOS NA BOCA
Não há dúvida de que a culinária goiana é, assim como tantas outras características culturais, bem próxima da cozinha mineira. Os goianos afirmam, porém, que a sua difere da de Minas por levar mais cominho e (isso é a mais pura verdade) pimenta. Outro “clássico”da culinária goiana é o arroz com pequi. Este,porém,não é tão fácil de encontrar como o empadão.O prato regional é preparado especialmente em dias de festa. O pequi, típico da região Centro-Oeste, é um fruto amarelo que deve ser saboreado (ou “roído”) com muito cuidado.
Alerta válido: dentro dele, há minúsculos espinhos, e eles são muitos. O cheiro é forte, o que acaba espantando boa parcela da clientela. Em se tratando de pequi, aquela máxima “ame-o ou odeie-o” se aplica perfeitamente, seja nas receitas doce, seja nas salgadas. Difícil mesmo é resistir aos doces caseiros de frutas,principalmente as do cerrado.
Os mais populares são os doces cristalizados, o bolo de arroz, o pastelinho (seus ingredientes lembram os pasteizinhos de Belém; torta com doce de leite e uma pitada de canela). Há ainda o alfenim (doce que leva só açúcar, água, limão e polvilho para modelar). Reserve espaço para os picolés e sorvetes de massa caseiros de sabores de frutas regionais, como murici e cajá. Tudo a um preço,vale aqui registrar, bem honesto.
Texto de Roberto de Oliveira publicado na "Folha de S. Paulo" de 30 de agosto de 2012. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
Arroz com pequi, fruto amarelo que deve ser saboreado com cuidado,também é um destaque entre as iguarias locais.
Não se deixe enganar: o mais tradicional entre os tradicionais quitutes de Goiás não é assim tão grande,mas pode, tranquilamente, sossegar a fome num lanche rápido ou até mesmo bater forte como refeição principal. Antigamente, era chamado de empada goiana. Foi alçado a empadão nos anos 1980, como estratégia para fortalecer as tradições do Estado.
Não seria exagero afirmar que o empadão, ao lado da tradicionalíssima pamonha, é um dos principais pratos regionais de Goiás. Nessa empada “turbinada”, a massa é feita de farinha de trigo. No recheio, vai de tudo um pouco—e um bocadinho mais.
Frango desfiado, linguiça, lombo ou pernil de porco temperado e frito, cortado em cubos.Ovos cozidos, queijo de minas, azeitonas e guariroba (palmeira nativa do Brasil e do Paraguai). A torta é assada em uma cumbuca e servida individualmente. Pronto, está aí o empadão autêntico de Goiás. Tem gente que come com arroz. Outros o preferem na companhia de uma salada.
ESPINHOS NA BOCA
Não há dúvida de que a culinária goiana é, assim como tantas outras características culturais, bem próxima da cozinha mineira. Os goianos afirmam, porém, que a sua difere da de Minas por levar mais cominho e (isso é a mais pura verdade) pimenta. Outro “clássico”da culinária goiana é o arroz com pequi. Este,porém,não é tão fácil de encontrar como o empadão.O prato regional é preparado especialmente em dias de festa. O pequi, típico da região Centro-Oeste, é um fruto amarelo que deve ser saboreado (ou “roído”) com muito cuidado.
Alerta válido: dentro dele, há minúsculos espinhos, e eles são muitos. O cheiro é forte, o que acaba espantando boa parcela da clientela. Em se tratando de pequi, aquela máxima “ame-o ou odeie-o” se aplica perfeitamente, seja nas receitas doce, seja nas salgadas. Difícil mesmo é resistir aos doces caseiros de frutas,principalmente as do cerrado.
Os mais populares são os doces cristalizados, o bolo de arroz, o pastelinho (seus ingredientes lembram os pasteizinhos de Belém; torta com doce de leite e uma pitada de canela). Há ainda o alfenim (doce que leva só açúcar, água, limão e polvilho para modelar). Reserve espaço para os picolés e sorvetes de massa caseiros de sabores de frutas regionais, como murici e cajá. Tudo a um preço,vale aqui registrar, bem honesto.
Texto de Roberto de Oliveira publicado na "Folha de S. Paulo" de 30 de agosto de 2012. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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