HISTÓRIA DE MANAUS
A história de Manaus começa em um aldeamento indígena, em torno da Fortaleza de São José da Barra, em 1669. A fortaleza havia sido construída para evitar a descida dos invasores holandeses aquartelados no Suriname (ex-Guiana Holandesa) e garantir o domínio da coroa portuguesa na região. O povoado que se desenvolveu em torno da fortaleza recebeu o nome de São José da Barra do Rio Negro (Lugar da Barra) e em 1832, sob a denominação de N. S. da Conceição da Barra do Rio Negro, o lugarejo foi elevado à categoria de Vila. Em 1848, a Vila da Barra foi elevada à categoria de Cidade, com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro, para receber em 1856, finalmente, o nome de Manáos, em homenagem à nação indígena dos Manáo (Mãe dos Deuses), o mais importante grupo étnico habitante da região, reconhecido historicamente pela sua coragem e valentia.
Os investimentos públicos na infra-estrutura urbana têm possibilitado o surgimento de uma cidade cada vez mais bonita e acolhedora. Manaus também se transformou em importante pólo de Turismo Ecológico graças às suas belezas naturais e ao resgate das tradições indígenas, que têm na exuberância das brincadeiras de boi-bumbá um de seus principais exemplos. A dança do boi-bumbá, que remonta ao início do Século XX, ganhou uma roupagem nova e tem conquistado o coração de milhares de pessoas no Brasil e no Exterior. Pois é essa cidade hospitaleira, onde a tradição e a modernidade coexistem em perfeita harmonia, que espera por você, de braços abertos.
• OS PRIMEIROS HABITANTES
Ao redor do Forte da Barra é constituído um núcleo populacional denominado Lugar da Barra, onde hoje se encontra a Cidade de Manaus. Os anos 1700 são marcados pela política portuguesa de fortificação das tropas de resgate, responsável pela exterminação de cerca de 2 milhões de índios, só na região do Rio Negro. Os portugueses, impetuosos, queriam garantir a hegemonia do tráfego de sua estrada real - o Rio Amazonas - um caminho acessível a grandes riquezas. Os Manáo, liderados por Ajuricaba resistem à invasão de seu território, lutando até o fim. Na segunda década do Século XVIII, devido à escassez de mão-de-obra em Belém, Pará, foram quase que completamente exterminados por uma tropa de guerra justa dos portugueses, que aprisionou e escravizou um grande número de índios. Segundo a lenda, Ajuricaba, ainda hoje considerado símbolo de resistência, luta e coragem, suicidou-se jogando-se ao Rio Negro, acorrentado, preferindo a morte ao jugo português. Após mais de um século de fundação, o Lugar da Barra ainda era constituído por algumas casas de palha, madeira e taipa, protegidas pelo Forte da Barra, com uma população de 220 índios, 34 brancos e dois negros escravos, conforme levantamento feito pelo ouvidor Sampaio, em 1778. Havia, ainda, a capela de Nossa Senhora da Conceição, muito simples, feita de palha e chão batido.
• EM MEIO A SELVA SURGE UMA CIDADE
Os anos de 1800 se iniciam com a transferência definitiva da sede da Capitania de São José do Rio Negro (Amazonas), de Mariuá (Barcelos), para o Lugar da Barra (Manaus), em 1804. Quase trinta anos depois, em 1832, com a criação da Câmara do Alto Amazonas, o Lugar da Barra é elevado à categoria de vila, com o nome de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A vila não passava de uma aldeia rural, imprensada entre o igarapé de São Raimundo e o Largo dos Remédios.
Em 1848, a Vila da Barra é elevada à categoria de cidade, ainda com o nome de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. Com a elevação do Amazonas à categoria de província, em 1850, a Cidade da Barra, capital da nova província, começa a mudar de feição.Dados da época indicam a existência de uma praça, dezesseis ruas, 243 casas e cerca de três mil habitantes. O resto do mundo deslumbrava-se com navegação a vapor, a grande inovação da época e pressionava a liberação da navegação estrangeira no Amazonas, uma região repleta de riquezas naturais. Entretanto, os navios estrangeiros só começam a navegar no grande rio e seus afluentes a partir de 1866.
Em 1853, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, inicia com o vapor Marajó uma linha regular entre a Cidade da Barra e Belém. Foi nessa época, em 1856, que a cidade passa a se chamar Manáos. Por iniciativa do Deputado José Ignácio Ribeiro do Carmo.A vida econômica da região começa a prosperar com a exportação de castanha, arroz, cumaru, cacau, guaraná, urucum, couro e o látex da seringueira (Hevea brasiliensis). Nessa época, a borracha natural ainda era utilizada apenas na fabricação de sondas, brinquedos e artefatos.
O advento da vulcanização coincide com a descoberta dos grandes seringais nativos no Rio Purus. Manáos passa a ter um liceu, um jornal impresso, um mercado público. A cidade cresce, lentamente, impulsionada pelo desenvolvimento do comércio extrativista da região e começa a experimentar anos de prosperidade, acentuadamente após 1888, quando Dunlop, utilizando a borracha, descobre o pneumático para bicicletas, mais tarde aplicado nos automóveis pelos irmãos Michelin. A vida econômica da região começa a prosperar com a exportação de castanha, arroz, cumaru, cacau, guaraná , urucum, couro e o látex da seringueira (Hevea brasiliensis).
• UM PERÍODO DE LUXO E RIQUEZA
No sul do país é proclamada a República Federativa do Brasil, em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império. A Província do Amazonas passa a ser Estado do Amazonas, tendo como capital a Cidade de Manáos. A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, é cada vez mais requisitada e o Amazonas, como principal produtor, orienta sua economia para atender à crescente demanda de mercado. Começam a chegar à cidade migrantes do Nordeste do país e estrangeiros, gerando um crescimento demográfico que obriga a Cidade a passar por mudanças significativas.
Em 1892, inicia-se o governo de Eduardo Ribeiro, que tem um papel importante na transformação da cidade, através da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento. Esse período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha. A cidade ganha o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passa a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras. A metrópole da borracha inicia os anos de 1900 com uma população em torno de 20 mil habitantes, com ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins bem cuidados, belas fontes e monumentos, um teatro suntuoso, hotéis, cassinos, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.
• TEMPOS DIFÍCEIS
Em 1910, Manáos ainda vive a euforia dos preços altos da borracha, quando é surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural, plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invade vertiginosamente os mercados internacionais. É o fim do domínio da exportação do produto, quase que exclusivamente gerada no Amazonas, deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região.
O desempenho do comércio manauara torna-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caem vertiginosamente. Manáos, abandonada por aqueles que podiam partir, mergulha em profundo marasmo. Os edifícios e os diferentes serviços públicos entram em estado de abandono.
• A ZONA FRANCA DE MANAUS
A Zona Franca de Manaus determinou um novo impulso na economia da região. Criada em 1957 como área de livre comércio de importação e exportação, representou uma resposta ao desafio para a formulação de uma política de desenvolvimento auto-sustentado, capaz de permitir a integração econômica da Amazônia, sem prejuízo de seu patrimônio ambiental. Mais que isso, a Zona Franca promoveu o ingresso efetivo de Manaus na moderna produção industrial e sua reinserção no cenário nacional. Ao lado de um extraordinário estoque de recursos naturais, representado por 20% da reserva de água doce do planeta, um banco genético de valor incalculável e grandes jazidas de minérios, gás e petróleo, a paisagem do Pólo Industrial de Manaus é a demonstração de equilíbrio entre os avanços tecnológicos e a preservação do meio ambiente.
São mais de 600 indústrias, sem chaminés, utilizando tecnologia de ponta na produção de eletro-eletrônicos, informática, equipamentos profissionais, como fotocopiadoras, aparelhos telefônicos, de facsímile e de telecomunicações, veículos de duas rodas e até cinescópios utilizados em todo o Brasil.Tudo isso com qualidade certificada pela ISO em grande parte das empresas. Mas é na qualidade de vida da população de Manaus que a Zona Franca contabiliza suas principais conquistas. Transformada em maior pólo comercial e industrial na faixa do Equador e na mais bem sucedida experiência brasileira no campo do desenvolvimento regional, o modelo Zona Franca contribuiu para o acelerado crescimento urbano da Cidade, produzindo riquezas, gerando divisas, criando empregos e renda.
Fonte: www.manaustur.com.br, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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