A VIAGEM DE PEDRO ÁLVARES CABRAL - 25 CURIOSIDADES HISTÓRICAS


Leopoldo Costa

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A viagem de Pedro Álvares Cabral, de Portugal ao Brasil, durou 44 dias e nela foram percorridos 7 mil quilômetros.

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A frota de Cabral era composta de dez naus e três caravelas. A nau capitânia de Cabral era formada por sete soldados da guarda pessoal do comandante, mais 80 marinheiros, 70 soldados e 33 passageiros, dentre os quais sete serviçais, dois presos, oito frades franciscanos e oito intérpretes. Havia, portanto, 190 homens no navio de Cabral.

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Quem deu a notícia do descobrimento do Brasil a dom Manoel, rei de Portugal, foi o navegador Gaspar de Lemos, que passou apenas dez dias em Porto Seguro e voltou a Portugal, levando cerca de 30 cartas.

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O livro 'Lendas da Índia', escrito em 1561 pelo cronista Gaspar Correia, listou os salários dos integrantes da armada de Cabral. A maior remuneração era a do comandante Pedro Álvares Cabral, que recebeu 10 mil cruzados pela viagem. Cada cruzado valia o equivalente a 3 gramas e meio de ouro. Além da remuneração, Cabral podia obter vultosos lucros referentes a 3 toneladas de pimenta, que teria direito a comprar às próprias custas e transportar de graça em sua nau.

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Os marinheiros da frota de Cabral tinham salários de 10 cruzados por mês. Os soldados recebiam 5 cruzados.

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A esquadra de Cabral partiu de Lisboa com 1.500 homens na manhã de 9 de março de 1500, exatamente ao meio-dia. Lisboa, naquela época, tinha cerca de 60 mil habitantes que moravam em 18 mil casas, de três andares e poucas janelas. A cidade tinha 270 ruas e 89 becos, sinuosos e estreitos.

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Pedro Álvares Cabral, o comandante da esquadra, nasceu em Belmonte, norte de Portugal, entre 1467 e 1468. O pai de Cabral, Fernão Cabral, era tido como homem galanteador e trovador. Era apelidado de 'Gigante da Beira' porque media 1 metro e 90 de altura. A mulher com quem se casou, dona Isabel Gouveia, era muito rica, e com ela teve sete filhos. O segundo foi Cabral, o navegador.

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Foi no dia 15 de fevereiro de 1500 que dom Manoel, rei de Portugal, nomeou Pedro Álvares Cabral capitão-mor da armada que descobriria o Brasil.

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Afonso Furtado era o escrivão e notário da frota de Cabral. Também era responsável pela despensa, onde estavam guardados os alimentos. Todos a bordo recebiam rações rigorosamente iguais: 15 quilos de carne salgada por mês, mais cebola, vinagre e azeite.

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Pedro Álvares Cabral, na verdade, era o chefe militar da missão. O comando técnico da frota estava entregue a Pero Escobar e Nicolau Coelho.

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A base da alimentação a bordo era um biscoito duro e salgado, geralmente podre e muito fedorento.

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O vinho e a água eram entregues diariamente. Cada homem a bordo tinha direito a 1,4 litro diário de vinho, que era armazenado em cerca de 200 pipas em cada navio. A água, para beber e cozinhar, era fornecida também na mesma quantidade do vinho. Armazenada em tonéis de madeira, essa água cheirava mal por causa do ciclo natural das reações químicas. Infecções e diarreias eram muito comuns.

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Ao lado de Cabral viajava um cirurgião chamado Mestre João, homem que se tornaria célebre ao redigir uma das únicas cartas relativas à viagem do Descobrimento do Brasil.

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Foi no dia 23 de março de 1500, às 8 horas da manhã, que a primeira de uma série de tragédias se abateu sobre a frota de Cabral: um dos navios, comandado por Vasco de Ataíde, simplesmente sumiu, sem que houvesse motivo para tal. Cento e cinquenta homens foram engolidos pelo mar.

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Por volta das 6 horas da manhã da quinta-feira, 23 de abril de 1500, a esquadra de Cabral estava ancorada a 36 quilômetros do Monte Pascoal. Às 9 da manhã, com a profundidade do mar em 9 metros, e a 3 quilômetros da praia, os navios lançaram âncoras.

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Cabral permaneceu em seu navio e mandou à terra Nicolau Coelho, Gaspar da Gama, um marinheiro da Guiné e um escravo de Angola. Quando chegaram à praia, estavam à espera deles cerca de vinte índios. Por causa do barulho do mar, não foi possível um entendimento entre eles.

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Os portugueses, para obter água potável dos índios, ofereciam toucas vermelhas que os marinheiros usavam durante a viagem, e ainda recebiam dos índios papagaios e grandes araras.

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O Brasil, depois de ser chamado de 'Terra de Vera Cruz', ficou conhecido como 'Terra dos Papagaios' por aproximadamente três anos, até ser chamado definitivamente de Brasil.

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E quem era o Mestre João? Era um personagem da frota de Cabral conhecido como bacharel em artes e medicina, era físico, astrônomo e astrólogo, e identificado 300 anos como sendo João Faras, cirurgião do rei Dom Manoel. Mestre João também escreveu uma carta ao rei de Portugal narrando o que viu no céu do Brasil, e foi ele quem batizou de Cruzeiro do Sul a principal constelação que tanto o inspirou e que fora vista pela primeira vez pelo navegador italiano Alvise de Cadamosto, em 1455.

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A cruz feita para a celebração da segunda missa no Brasil tinha aproximadamente sete metros e foi fincada para assinalar o local onde ficariam dois degredados e onde os futuros navegantes poderiam encontrar boa água.

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No sábado, 2 de maio de 1500, a frota de Cabral deixou o Brasil no rumo de Calicute, na Índia e o navio de mantimentos,depois de passar a carga remanescente para as outras embarcações, voltou para Portugal sob o comando de Gaspar de Lemos. A frota percorreu o litoral da Bahia da foz do rio Caí (próximo ao monte Pascaol) até a foz do rio Santa Cruz (baía Cabralia)

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A carta que Pero Vaz de Caminha mandou para Dom Manoel narrando o descobrimento do Brasil tinha sete folhas.

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Cabral deixou dois degredados quando partiu para a Índia, próximos ao ilhéu da Coroa Vermelha, onde foi celebrada a primeira missa em 26 de abril de 1500 pelo frei Henrique Soares de Coimbra. A segunda missa foi celebrada em 1º de maio.

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Relata Diogo Dias (irmão de Bartolomeu Dias) que na primeira missa, os nativos acharam muito interessante o ritual, passando a imitar os gestos dos europeus e achando muita graça.

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As caravelas foram inventadas pelos portugueses. Media 25 metros de comprimento e 70 toneladas. O nome 'caravela' deriva-se de 'cáravo', nome de um barco usado pelos mouros.  Inicialmente as caravelas dispunham de 2 ou 3 mastros de velas latinas. Só no final do século XIV é que passaram a empregar o traquete, a vela redonda no mastro de proa.




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