NA ONDA DO BACON
O BOM E VELHO TOUCINHO GANHA STATUS DE IGUARIA SOBERANA E ‘RELEITURAS’ DE TODO TIPO, DE PRODUTOS DE VERDADE A FOTOMONTAGENS.
Cerca de 70% dos americanos comem bacon no café da manhã, segundo dados da “Baconcyclopedia”
Num dos episódios de “Os Simpsons”, Homer aconselha Bart: — Quando você está na minha casa, vai fazer o que eu mando. Então, Bart, passe manteiga no bacon! O “passa-manteiga-no-bacon” virou uma espécie de manifesto de um movimento bem-humorado que vem engordando na internet: a baconmania. São ilustrações, receitas e produtos enaltecendo o velho e bom toucinho como iguaria soberana. O site “Occupy Bacon” já tem mais de cem mil pessoas cadastradas para receber atualizações, como piadas ou novas receitas com o defumado.
O padroeiro informal ? O ator Kevin Bacon. No dia 1º deste mês, Dia Internacional do Bacon, frigiram nas redes sociais novas brincadeiras: pesquisas apontando resultados fantasiosos (como “bacon deixa bebês mais inteligentes” ou “bacon aumenta a libido”); fotomontagens com personagens pop admitindo o vício (de santos a Darth Vader, ninguém foi perdoado); além de produtos com o bacon-design, como curativos, carteiras, camisetas, almofadas e brinquedos, à venda em sites nerds como o Think Geek. A rede de fast-food Burger King foi mais longe: criou o sundae sabor bacon, de baunilha com pedacinhos crocantes da gordurinha.
— Bacon torna qualquer coisa deliciosa. Não é uma paixão nova, as pessoas adoram bacon desde que foi inventado, em 1500 a.C. Eu acho que virou uma moda enaltecer o bacon porque é algo que faz as pessoas rirem. Não é uma moda gastronômica séria, como foie gras — defende a americana Heather Lauer, autora do guia “Bacon, a love story” (à venda no site da Amazon por US$ 17,99). A baconmania começou nos Estados Unidos, onde “70% das pessoas comem bacon no café da manhã”, segundo a “Baconcyclopedia”. Mas com as redes sociais, se expandiu. No Brasil, a página “Toucinho”, no Facebook, já tem 935 “curtidas”. — Vejo essa moda como uma crítica bem-humorada aos excessos da onda da alimentação politicamente correta — diz Heather, que admite estar levemente acima do peso.
Texto de Mariana Filgueiras e ilustração a partir de foto da matéria, publicado na "Revista O Globo" inserida no jornal "O Globo" de 16 de setembro de 2012. Adaptado para ser postado por Leopoldo Costa.
Cerca de 70% dos americanos comem bacon no café da manhã, segundo dados da “Baconcyclopedia”
Num dos episódios de “Os Simpsons”, Homer aconselha Bart: — Quando você está na minha casa, vai fazer o que eu mando. Então, Bart, passe manteiga no bacon! O “passa-manteiga-no-bacon” virou uma espécie de manifesto de um movimento bem-humorado que vem engordando na internet: a baconmania. São ilustrações, receitas e produtos enaltecendo o velho e bom toucinho como iguaria soberana. O site “Occupy Bacon” já tem mais de cem mil pessoas cadastradas para receber atualizações, como piadas ou novas receitas com o defumado.
O padroeiro informal ? O ator Kevin Bacon. No dia 1º deste mês, Dia Internacional do Bacon, frigiram nas redes sociais novas brincadeiras: pesquisas apontando resultados fantasiosos (como “bacon deixa bebês mais inteligentes” ou “bacon aumenta a libido”); fotomontagens com personagens pop admitindo o vício (de santos a Darth Vader, ninguém foi perdoado); além de produtos com o bacon-design, como curativos, carteiras, camisetas, almofadas e brinquedos, à venda em sites nerds como o Think Geek. A rede de fast-food Burger King foi mais longe: criou o sundae sabor bacon, de baunilha com pedacinhos crocantes da gordurinha.
— Bacon torna qualquer coisa deliciosa. Não é uma paixão nova, as pessoas adoram bacon desde que foi inventado, em 1500 a.C. Eu acho que virou uma moda enaltecer o bacon porque é algo que faz as pessoas rirem. Não é uma moda gastronômica séria, como foie gras — defende a americana Heather Lauer, autora do guia “Bacon, a love story” (à venda no site da Amazon por US$ 17,99). A baconmania começou nos Estados Unidos, onde “70% das pessoas comem bacon no café da manhã”, segundo a “Baconcyclopedia”. Mas com as redes sociais, se expandiu. No Brasil, a página “Toucinho”, no Facebook, já tem 935 “curtidas”. — Vejo essa moda como uma crítica bem-humorada aos excessos da onda da alimentação politicamente correta — diz Heather, que admite estar levemente acima do peso.
Texto de Mariana Filgueiras e ilustração a partir de foto da matéria, publicado na "Revista O Globo" inserida no jornal "O Globo" de 16 de setembro de 2012. Adaptado para ser postado por Leopoldo Costa.
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