HISTÓRIA ECLESIÁSTICA DE MINAS GERAIS
Leopoldo Costa
A religião Católica Apostólica Romana era a religião oficial e funcionava como um órgão do Governo. Admitia-se a existência de outras religiões, porém com muitas restrições, até no formato dos templos. Os bispos e os vigários recebiam remuneração da Coroa, portanto eram funcionários públicos. O Império do Brasil, no ano de 1853, era dividido em 10 dioceses. Cada diocese era governada por um bispo, com exceção da Diocese da Bahia, que era arcebispado.
O conceito de Diocese, uma unidade administrativa eclesiástica administrada por bispo escolhido pelo Imperador e nomeado pelo Papa, não obedecia aos mesmos critérios da divisão territorial das províncias.
Dioceses e seus Titulares:
Bahia- Arcebispo D. Romualdo Antônio de Seixas (1787-1860).
Mato Grosso- Bispo D. José Antônio dos Reis (1798-1876)
Goiás- Bispo D. Francisco Ferreira de Azevedo (m.1854)
Maranhão- Bispo D. Manuel Joaquim da Silveira (1807-1875)
Mariana- Bispo D. Antônio Ferreira Viçoso (1787-1875)
Pará- Bispo D. José Afonso de Moraes Torres (1805-1865)
Pernambuco- Bispo D. João da Purificação Marques Perdigão (1779-1864)
Rio de Janeiro- Bispo D. Manuel do Monte Rodrigues de Araújo. Capelão-Mor do Imperador (1796-1863)
São Paulo- Bispo D. Antônio Joaquim de Melo (1791-1861)
Rio Grande do Sul- Bispo D. Feliciano José Rodrigues Prates (1781-1868)
A Província de Minas Gerais compunha-se de 50 municípios e 206 freguesias. Tinha o seu território dividido administrativamente entre seis dioceses: Mariana, Bahia, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Goiás. Era a província que tinha mais dioceses administrando o seu território e por isso muito conflitos.
Quatro municípios tinham a sua área compartilhada entre mais de uma diocese: Campanha, Itajubá, Diamantina e Januária, o que era um fato inusitado e sem justificativa plausível..
A diocese de Mariana que era a mais importante, administrava toda a região central e a região sudeste. Abrangia 31 municípios (três compartilhados) e 136 freguesias.
A diocese da Bahia administrava a região norte da província. Tinha a jurisdição sobre sete municípios (dois compartilhados) e 22 freguesias.
A diocese de São Paulo administrava a região sul da província. Tinha a jurisdição sobre sete municípios (dois compartilhados) e também 22 freguesias.
A diocese de Pernambuco administrava a região noroeste da província. Tinha a jurisdição sobre quatro municípios (um compartilhado) e cinco freguesias.
A diocese do Rio de Janeiro administrava apenas o município de Mar da Espanha, na Zona da Mata, Abrangia oito freguesias e curatos.
A diocese de Goiás administrava a região do Triângulo Mineiro na época conhecido como Sertão da Farinha Podre e pertencera a Goiás. Tinha a jurisdição sobre quatro municípios e 11 freguesias.
Dioceses da Província e Municípios
1. Diocese de Mariana-
Compreendia os seguintes municípios:
Ouro Preto,
Queluz (Conselheiro Lafaiete),
Bonfim,
Sabará,
Pitangui,
Serro,
Conceição do Mato Dentro,
Tamanduá (Itapecerica),
Formiga,
Piumhi,
Baependi,
Cristina,
Aiuruoca,
São João del Rei,
São José del Rei (Tiradentes),
Oliveira,
Lavras,
Rio Pomba,
Piranga,
São Januário de Ubá (Ubá),
Mariana,
Santa Bárbara,
Itabira,
Caeté,
Barbacena,
Rio Preto,
Santo Antonio de Paraibuna (Juiz de Fora)
Três Pontas.
2. Diocese da Bahia-
Compreendia os seguintes municípios:
Curvelo,
Minas Novas
Rio Pardo de Minas,
Grão Mogal
Formigas (Montes Claros).
3. Diocese de São Paulo-
Compreendia os seguintes municípios:
Pouso Alegre,
Jaguari (Camanducaia),
Jacuí,
Caldas
Passos.
4. Diocese de Pernambuco-
Compreendia os seguintes municípios:
Dores do Indaiá,
São Romão
Paracatu.
5. Diocese do Rio de Janeiro
Compreendia apenas o município de Mar de Espanha.
6. Diocese de Goiás-
Compreendia os seguintes municípios:
Araxá,
Uberaba,
Patrocínio
Desemboque (distrito de Sacramento).
Municípios e Freguesias que pertenciam a mais de uma Diocese
Diamantina- Tinha a área do município dividida entre as dioceses de Mariana e Bahia. A diocese de Mariana administrava as freguesias de Diamantina (sede), São Gonçalo do Rio Preto (Felisberto Caldeira), Rio Manso (Couto de Magalhães) e Gouveia. A diocese da Bahia por sua vez administrava as freguesias de Penha (Penha de França, distrito de Itamarandiba) e Curimataí (distrito de Buenópolis).
Itajubá- A freguesia de Santa Rita (Santa Rita do Sapucaí) era subsidiária da Diocese de Mariana e as demais freguesias: Itajubá, Vargem Grande (distrito de Campanha) e Soledade subsidiárias da diocese de São Paulo.
Campanha- O município pertencia a duas dioceses, São Paulo e Mariana. Pertenciam a São Paulo as freguesias de Carmo da Escaramuça (Paraguaçu) e Douradinho (distrito de Machado). Mariana tinha autoridade sobre Campanha-sede, Águas Virtuosas (Lambari), São Gonçalo (do Sapucaí) e Rio Verde (Conceição do Rio Verde).
Januária- O município que tinha uma única freguesia era dividido parte das capelas pertencia à Diocese da Bahia e parte à Diocese de Pernambuco.
Em 1960, o Brasil era dividido em 28 províncias eclesiásticas, subdivididas em 28 arquidioceses, 30 prelazias nullius, uma abadia nullius e um vicariato castrense.
Tinha três cardeais:
Rio de Janeiro, D. Jaime de Barros Câmara (1894-1971);
São Paulo, D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota (1890-1982)
Salvador, D. Augusto Álvaro da Silva (1876-1986.
Eram as seguintes as províncias eclesiásticas de Minas Gerais, que administravam 12 dioceses:
Mariana, que compreendia as dioceses de Mariana, Governador Valadares e Caratinga.
Diamantina que compreendia as dioceses de Diamantina, Montes Claros, Araçuai, Teófilo Otoni e Januária.
Belo Horizonte, que compreendia as dioceses de Belo Horizonte, Oliveira, Sete Lagoas e Divinópolis.
Atualmente, Minas Gerais conta com 25 dioceses: Belo Horizonte, Campanha, Caratinga, Diamantina, Divinópolis, Governador Valadares, Guanhães, Guaxupé, Itabira, Ituiutaba, Januária, Juiz de Fora, Leopoldina, Luz, Mariana, Montes Claros, Oliveira, Paracatu, Patos de Minas, Pouso Alegre, São João del Rey, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Uberaba e Uberlândia.
A diocese de Oliveira é responsável por Oliveira, Carmópolis de Minas e outros 17 municípios: Aguanil, Bom Sucesso, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Carmo da Mata, Cristais, Desterro de Entre Rios, Itaguara, Passa Tempo, Perdões, Piracema, Ribeirão Vermelho, Santana do Jacaré, Santo Antonio do Amparo, São Francisco de Paula e São Tiago.
A religião Católica Apostólica Romana era a religião oficial e funcionava como um órgão do Governo. Admitia-se a existência de outras religiões, porém com muitas restrições, até no formato dos templos. Os bispos e os vigários recebiam remuneração da Coroa, portanto eram funcionários públicos. O Império do Brasil, no ano de 1853, era dividido em 10 dioceses. Cada diocese era governada por um bispo, com exceção da Diocese da Bahia, que era arcebispado.
O conceito de Diocese, uma unidade administrativa eclesiástica administrada por bispo escolhido pelo Imperador e nomeado pelo Papa, não obedecia aos mesmos critérios da divisão territorial das províncias.
Dioceses e seus Titulares:
Bahia- Arcebispo D. Romualdo Antônio de Seixas (1787-1860).
Mato Grosso- Bispo D. José Antônio dos Reis (1798-1876)
Goiás- Bispo D. Francisco Ferreira de Azevedo (m.1854)
Maranhão- Bispo D. Manuel Joaquim da Silveira (1807-1875)
Mariana- Bispo D. Antônio Ferreira Viçoso (1787-1875)
Pará- Bispo D. José Afonso de Moraes Torres (1805-1865)
Pernambuco- Bispo D. João da Purificação Marques Perdigão (1779-1864)
Rio de Janeiro- Bispo D. Manuel do Monte Rodrigues de Araújo. Capelão-Mor do Imperador (1796-1863)
São Paulo- Bispo D. Antônio Joaquim de Melo (1791-1861)
Rio Grande do Sul- Bispo D. Feliciano José Rodrigues Prates (1781-1868)
A Província de Minas Gerais compunha-se de 50 municípios e 206 freguesias. Tinha o seu território dividido administrativamente entre seis dioceses: Mariana, Bahia, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Goiás. Era a província que tinha mais dioceses administrando o seu território e por isso muito conflitos.
Quatro municípios tinham a sua área compartilhada entre mais de uma diocese: Campanha, Itajubá, Diamantina e Januária, o que era um fato inusitado e sem justificativa plausível..
A diocese de Mariana que era a mais importante, administrava toda a região central e a região sudeste. Abrangia 31 municípios (três compartilhados) e 136 freguesias.
A diocese da Bahia administrava a região norte da província. Tinha a jurisdição sobre sete municípios (dois compartilhados) e 22 freguesias.
A diocese de São Paulo administrava a região sul da província. Tinha a jurisdição sobre sete municípios (dois compartilhados) e também 22 freguesias.
A diocese de Pernambuco administrava a região noroeste da província. Tinha a jurisdição sobre quatro municípios (um compartilhado) e cinco freguesias.
A diocese do Rio de Janeiro administrava apenas o município de Mar da Espanha, na Zona da Mata, Abrangia oito freguesias e curatos.
A diocese de Goiás administrava a região do Triângulo Mineiro na época conhecido como Sertão da Farinha Podre e pertencera a Goiás. Tinha a jurisdição sobre quatro municípios e 11 freguesias.
Dioceses da Província e Municípios
1. Diocese de Mariana-
Compreendia os seguintes municípios:
Ouro Preto,
Queluz (Conselheiro Lafaiete),
Bonfim,
Sabará,
Pitangui,
Serro,
Conceição do Mato Dentro,
Tamanduá (Itapecerica),
Formiga,
Piumhi,
Baependi,
Cristina,
Aiuruoca,
São João del Rei,
São José del Rei (Tiradentes),
Oliveira,
Lavras,
Rio Pomba,
Piranga,
São Januário de Ubá (Ubá),
Mariana,
Santa Bárbara,
Itabira,
Caeté,
Barbacena,
Rio Preto,
Santo Antonio de Paraibuna (Juiz de Fora)
Três Pontas.
2. Diocese da Bahia-
Compreendia os seguintes municípios:
Curvelo,
Minas Novas
Rio Pardo de Minas,
Grão Mogal
Formigas (Montes Claros).
3. Diocese de São Paulo-
Compreendia os seguintes municípios:
Pouso Alegre,
Jaguari (Camanducaia),
Jacuí,
Caldas
Passos.
4. Diocese de Pernambuco-
Compreendia os seguintes municípios:
Dores do Indaiá,
São Romão
Paracatu.
5. Diocese do Rio de Janeiro
Compreendia apenas o município de Mar de Espanha.
6. Diocese de Goiás-
Compreendia os seguintes municípios:
Araxá,
Uberaba,
Patrocínio
Desemboque (distrito de Sacramento).
Municípios e Freguesias que pertenciam a mais de uma Diocese
Diamantina- Tinha a área do município dividida entre as dioceses de Mariana e Bahia. A diocese de Mariana administrava as freguesias de Diamantina (sede), São Gonçalo do Rio Preto (Felisberto Caldeira), Rio Manso (Couto de Magalhães) e Gouveia. A diocese da Bahia por sua vez administrava as freguesias de Penha (Penha de França, distrito de Itamarandiba) e Curimataí (distrito de Buenópolis).
Itajubá- A freguesia de Santa Rita (Santa Rita do Sapucaí) era subsidiária da Diocese de Mariana e as demais freguesias: Itajubá, Vargem Grande (distrito de Campanha) e Soledade subsidiárias da diocese de São Paulo.
Campanha- O município pertencia a duas dioceses, São Paulo e Mariana. Pertenciam a São Paulo as freguesias de Carmo da Escaramuça (Paraguaçu) e Douradinho (distrito de Machado). Mariana tinha autoridade sobre Campanha-sede, Águas Virtuosas (Lambari), São Gonçalo (do Sapucaí) e Rio Verde (Conceição do Rio Verde).
Januária- O município que tinha uma única freguesia era dividido parte das capelas pertencia à Diocese da Bahia e parte à Diocese de Pernambuco.
Em 1960, o Brasil era dividido em 28 províncias eclesiásticas, subdivididas em 28 arquidioceses, 30 prelazias nullius, uma abadia nullius e um vicariato castrense.
Tinha três cardeais:
Rio de Janeiro, D. Jaime de Barros Câmara (1894-1971);
São Paulo, D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota (1890-1982)
Salvador, D. Augusto Álvaro da Silva (1876-1986.
Eram as seguintes as províncias eclesiásticas de Minas Gerais, que administravam 12 dioceses:
Mariana, que compreendia as dioceses de Mariana, Governador Valadares e Caratinga.
Diamantina que compreendia as dioceses de Diamantina, Montes Claros, Araçuai, Teófilo Otoni e Januária.
Belo Horizonte, que compreendia as dioceses de Belo Horizonte, Oliveira, Sete Lagoas e Divinópolis.
Atualmente, Minas Gerais conta com 25 dioceses: Belo Horizonte, Campanha, Caratinga, Diamantina, Divinópolis, Governador Valadares, Guanhães, Guaxupé, Itabira, Ituiutaba, Januária, Juiz de Fora, Leopoldina, Luz, Mariana, Montes Claros, Oliveira, Paracatu, Patos de Minas, Pouso Alegre, São João del Rey, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Uberaba e Uberlândia.
A diocese de Oliveira é responsável por Oliveira, Carmópolis de Minas e outros 17 municípios: Aguanil, Bom Sucesso, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Carmo da Mata, Cristais, Desterro de Entre Rios, Itaguara, Passa Tempo, Perdões, Piracema, Ribeirão Vermelho, Santana do Jacaré, Santo Antonio do Amparo, São Francisco de Paula e São Tiago.
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